sábado, 7 de agosto de 2010

Será que isso tudo é real?


Depois de duas semanas sem postar por causa da preguiça, viagem e aulas de direção, estou de volta.
Será bem difícil colocar todos os meus pensamentos sobre o assunto de hoje no papel (ou no monitor), mas vamos lá. Imagino que depois desse post você fique com mais uma dúvida na sua cabeça. Ou não, se você realmente não é real. Mas se bem que eu imaginando que você imagine isso... Esquece por enquanto, daqui a pouco você vai entender.
A questão de hoje é: O mundo é real ou é apenas fruto da sua (minha) imaginação?
Esse pensamento surgiu numa aula de filosofia da 8° serie, quando uma professora sugeriu que pensássemos sobre isso. E hoje eu lembrei.
Vamos lá, pense um pouco. Até que faz sentido, né? Afinal toda a nossa percepção de mundo depende exclusivamente de nosso sistema nervoso. Nós percebemos que há uma parede na nossa frente pois nosso nervo óptico manda uma mensagem ao cérebro "avisando" que nosso olho conseguiu ver a parede. Ou então porque você encostou na parede, fazendo com que seus nervos sensoriais mandassem uma outra mensagem "avisando" que nossas mãos conseguem sentir a parede. Então você não precisa realmente ver ou tocar a parede, basta que seu sistema nervoso trabalhasse para criar essa ilusão. Falando assim parece até um pouco matrix né? Haha.
Você poderia ser apenas uma bolha pensante ou um cérebro dentro de uma garrafa criando essa realidade enganosa. Pensando dessa maneira chega a ser até estranho estar escrevendo agora, afinal quem vai ler é você e você é apenas uma criação da minha mente, oque faz com que eu esteja escrevendo pra mim mesmo. E se você é alguém que eu nem conheço é mais estranho ainda, pois eu estou imaginando que alguém está lendo. Se comentar então eu enlouqueço, pois além de imaginar estar lendo algo que eu já escrevi, pensaria em algo pra comentar, sendo que o eu verdadeiro só saberia do comentário após acessar o site, dias depois.
Com isso me imagino sendo dois "eus": o "eu1" e o "eu2". O eu1 é o dotado de toda a criatividade e conhecimento mundanos. Ele é a bolha pensante ou o cérebro engarrafado. O eu1 imaginou toda a história da humanidade, toda as leis físicas que regulam o mundo, todas as línguas de todos os países, e por aí vai. O eu2 já é menor e menos importante. Ele é uma criação do eu1, uma pessoa, assim como você que está lendo. O eu2 é aquele que você conhece (ou não).
Pense agora que, como o meu eu1, existem vários "ele1". Oque quero dizer é: assim como eu posso ser apenas uma bolha pensante, podem existir varias bolhas pensantes, cada uma vivendo separadamente dentro de seus próprios universos imaginados. Isso destrói a teoria de que o ser humano é um ser sociável, porque o eu1, se for ele um ser humano, vive sem qualquer ligação com os "eles1". Mas isso não vem ao caso.
Imagine então que todas essas bolhas pensantes sejam uma experiência de um criador (Deus para os cristãos, Alá para os muçulmanos, Bigbang para os cientistas) para decidir qual o mundo que irá criar. Um "concurso" para decidir qual seria o melhor mundo dentre os pensados, para então colocá-lo em prática (Imagino que não seria o meu. A não ser que as outras bolhas pensantes não sejam tão criativas quanto o eu1.). Pensar que eu posso ser apenas uma cobaia de uma experiência qualquer não é muito legal.
Ah, lembrei, já ouviu falar que o ser humano é um pedaço do mundo tentando se conhecer? Isso significa que os meus eus querem se conhecer. Haha. Outra coisa interessante também é que além de dois eus, existiriam dois Deuses: o deus1 e o deus2, sendo o segundo imaginado pelo eu2 e criado pelo eu1 e o primeiro aquele que está fazendo a experiência com as bolhas pensantes.
Bom, vou parar por aqui se não o post fica gigante e começa a ficar confuso. Pensem nisso: O mundo é real ou é apenas fruto da sua (minha) imaginação?
Até o próximo post.
PS: por favor, se você não for real me deixe um comentário avisando!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A nova bandeira


O verde tornou-se preto,
O preto do nosso carvão.
Festejemos o luto da esperança
Incendiando nossa vegetação.

O amarelo vivo do ouro
Jaz em sua necrópole.
Em seu lugar uma branca lacuna
Graças aos ladroes da metrópole.

E o azul do nosso céu
A poluição escureceu.
Já nem as estrelas são vistas
Imersas no profundo breu.

Enfim a "nação do futuro",
Do futuro a porta destranca.
Estendendo sua antiga bandeira,
Que aos poucos virou preto e branca.

(Paulo Meucci)

Até o próximo post o/

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Saudade


Ah, saudade. Palavra que não possui traduções para outros dicionários. Eleita a 7° palavra mais difícil de se traduzir. Como pode não haver tradução para um sentimento global? Todos sentem saudades (ou deveriam sentir). Não pode ser simplesmente comparada ao "miss" do inglês, até porque sentir saudade não é simplesmente sentir falta. É algo mais. É querer a todo custo quebrar a linha do tempo e voltar ao passado para vivenciar uma situação novamente. Ou atravessar continentes para ficar perto de quem se gosta.
Entretanto não é sobre sua tradução que queria falar. Andei pensando bastante sobre ser ou não um sentimento bom, agradável. Se por um lado a saudade te lembra de momentos ótimos, pessoas especiais e lugares marcantes, por outro ela te mostra que você não pode tê-los, seja nesse momento, por um ano ou para sempre. Saudade dói, e muito. Lembro-me de uma frase que li: "Quando a saudade não cabe no peito, transborda pelos olhos". É verdade, porém quando o sentimento se materializa em lágrimas nós não sabemos se são de alegria pelo vivido ou de tristeza pela ausência. Creio que seja um misto de ambos. O grande paradoxo tristeza/alegria sintetizado nesse sentimento tão curioso.
Porém uma coisa é certa. A saudade é útil, se não essencial. Ela alonga os laços invisíveis para que possam resistir à distância, física ou temporal. Sem a saudade só nos seriam importantes o aqui e o agora. Podemos dizer então que ela é o nosso principal remédio para a amnésia sentimental.

"Saudade é não saber.
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos,
não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento,
não saber como frear as lágrimas diante de uma música,
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche."

(
Martha Medeiros)

domingo, 11 de julho de 2010

Selos

Opa, ganhei um selo!
UHUL, mas o que é isso? O.o
Haha, os selos são uma espécie de corrente entre os blogs para unir e premiar os blog. =)
O blog que me premiou foi o blog da Camila
http://ylaviolet.blogspot.com
(visitem)



Então, agora tenho que premiar mais 10, 15 ou 20 blogs. Esse blogs tem que colocar as imagens dos selos no blog, linkar o blog que os premiou, repetir as regras no post, comentar no blog do indicador e premiar mais 10, 15 ou 20 blogs.
Achei interessante a ideia para unir e divulgar os blogs existentes.

E ai vão os meus premiados:

1. Foxe Escreve (Pessoal)
2. Ella Maria (Poesias)
3. Mais do Mesmo (Poesias)
4. Rawever (Opiniões e assuntos em geral)
5. Brunna Dordron (Poesias e Pensamentos)
6. Escritos de Clarissa (Religião e Pensamentos)
7. Beginning (Pensamentos)
8. Casa da Laracha (Comédia)
9. Cont4s V3rbai5 (Poesias)
10. Dr. Futil (Comédia)

É isso aí. Visitem se puderem. Eu recomendo. E brigado Ylaviolet pela premiação. Adorei =)
Até o próximo post. o/

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Banalização do amor


Modinha do momento: dizer eu te amo. Orkut, Formspring, Facebook. Basta entrar em algum desses sites, ou em vários outros parecidos, que você irá se deparar com um " shopping amanha? bjux te amo" ou "conheço a dois dias e já é especial!!! te amuuuu.". Um recado: "eu te amo" não é "bom dia"!
Será que esses "superamantes" pensam realmente que amam ou falam isso só para aparecer? Acho que eles não sabem realmente o valor do verbo amar, e o estão confundindo com o gostar. Ou então seja apenas um jeito de super estimar uma relação. Quem sabem, infelizmente, seja para se conseguir uma namorada apelando para falsos sentimentos.
Amar alguém não é gostar das mesmas bandas ou ter o mesmo signo, é se sentir completo em sua presença, é estar disposto a lhe dar toda sua felicidade, é compartilhar de suas tristezas. Amar denota intimidade, confiança, sincronismo.
Quando se diz "eu te amo" você se entrega completamente. Dizê-lo é, ou pelo menos era, um grande passo numa relação, quase comparado a entregar as chaves de casa num pedido para se morar junto.
Como bem exemplificado num texto que eu li a um tempo:
"Dizer que ama alguém, quando o sentimento é genuíno, é algo que vem tão das entranhas, que muitas vezes demora a sair, a ser verbalizado. E quando sai, pode ser numa fala meio embargada... com a voz sumindo... algo dito no fim da conversa, que a gente diz e “sai correndo”. Correndo pra um abraço ou beijo, pra dizer tchau na conversa ao telefone, pra acalmar alguém que tá triste ou com problemas, dar colo... mas é normalmente algo que se diz no fim de um papo. Porque o “eu te amo” verdadeiro dispensa palavras depois."
Não diga que ama quando o sentimento não for verdadeiro. Se não pelo respeito ao sentimento, faça, pelo menos, pela pessoa que você diz amar. Será mesmo que ela merece ser enganada dessa maneira? Sem contar que , se continuarmos assim, usaremos "eu te amo" até para terminarmos relacionamentos.

"...tem gente que não sabe amar,
tem gente enganando agente,
olha nossa vida como está,
mas eu sei que um dia agente aprende..."
Renato Russo

E é isso por hoje. Até o próximo post o/

domingo, 4 de julho de 2010

Abraço


Ah, o abraço.
Algo tão simples, tão fácil, tão bom.
Divide as tristezas e multiplica as alegrias.
Não tem limite: cabem 2, cabem 3, cabem 10!
Serve para homens, mulheres ou crianças.
E para essas ultimas é algo mais especial.
É um gesto puro e inocente para mostrar o quanto se gosta.
Um bom abraço seca lágrimas, guarda segredos, diz "eu te amo".
É sincero e demonstra intimidade.
Cuida, protege, pede por proteção.
Combate o medo, a incerteza e até o tempo.
Faz do minuto uma eternidade.
E, acima de tudo, é indescritível.
Um abraço vale por mais de mil palavras.
(Paulo Meucci)


Enfim percebi que todos precisam de um abraço de vez em quando, mas algumas pessoas são tímidas para pedir. Olhe à sua volta, sempre haverá alguém querendo um abraço, por mais que não demonstre. Abrace. Não tenha medo, largue a vergonha de lado, porque um abraço nunca será mal recebido. Nunca.

O abraço é algo tão importante que possui até uma campanha em sua homenagem. Se chama "Free Hugs Campaign".
Se você nunca ouviu falar, o "free hugs" é um movimento em que pessoas oferecem abraços (sim, abraços) à estranhos na rua.
A campanha começou com um cara chamado Juann Mann, que distribuía abraços pelas ruas de Sydney para alegrar as pessoas e incentiva-las a fazerem o mesmo. Após um tempo, entretanto, o governo decretou que o free hugs deveria parar. Mann conseguiu, com seus amigos, uma petição com 10 mil assinaturas, recebendo permissão para continuar.

E agora um vídeo excelente! (ligue o som)


Bom, por hoje é isso. Você já deu um abraço hoje?
Um abraço para você e até o próximo post o/

sexta-feira, 2 de julho de 2010

É mentirinha


Ontem eu briguei com a minha mulher por um motivo aparentemente bobo: menti para ela. Então hoje de manha ao acordar, no sofá, prometi a mim mesmo que não iria contar uma mentirinha se quer durante todo o dia.
Estava tudo dando certo, até eu me levantar. Procuro minhas pantufas aos pés do sofá, mas tudo que acho são as roupas que usei no dia passado. "Ótimo", pensei ironicamente, "terei que andar por esse chão gelado até o andar de cima para pega-las lá no quarto". Esse foi o meu primeiro sinal de que o dia não seria nada bom. Ao passar pelo corredor em direção às escadas, me deparo com Dona Maria, empregada lá de casa, que me cumprimenta com um simpático "bom dia". "Péssimo dia" respondi de imediato, impedido de dar uma resposta mais agradável, porém menos sincera.
Subo os degraus e entro no quarto na ponta dos pés para não acordar minha mulher. Não queria discutir logo de manhã. Estava quase alcançando minhas tão desejadas pantufas quando o despertador começa a tocar. Não deu outra, minha mulher acordou e, antes de perceber sua feição de felicidade ao me ver, murmuro quase que inconscientemente: "maldito despertador, nem pra me deixar escapar." Depois disso toda a cena dentro do quarto aconteceu tão rápido que me pergunto como consegui escapar sem ser brutalmente ferido. No mesmo momento a feição de minha mulher mudou de meu-mundo-cor-de-rosa para saia-agora-da-minha-frente. Mais que depressa captei a mensagem e disparei porta a fora em tempo de ver um vulto raspando minha cabeça e se estraçalhando na parede. Que pena, aquele abajur tinha sido tão caro.
Descendo novamente as escadas, com os pés congelando, me dirijo até o quarto de hospedes e tomo um banho rápido, vestindo a mesma roupa de ontem. Antes de sair para o trabalho fui a cozinha tomar um café. Dona Maria havia me queimado um misto quente e preparado um suco aguado de maracujá . "Para acalmar os nervos", disse ela. "Só não precisava economizar na água", pensei. Provei aquela comida nem um pouco saborosa e já ia saindo pela porta de casa quando ela me pergunta oque eu tinha achado da refeição. "Horrível", respondi, "quando vai aprender a cozinhar?", e saí em direção ao carro, não sem tempo de virar o rosto e perceber uma lágrima solitária saindo do rosto de Dona Maria. "Estou virando um monstro", pensei.
Dirijo até a empresa tentando me acalmar, era dia de reunião. Sala cheia, diretor presente. No final da apresentação de um novo plano que "maximizaria os lucros da empresa" o diretor resolve escolher uma pessoa para mostrar sua visão sobre o apresentado. E para meu azar, essa pessoa era eu. Me levanto da cadeira, já tremendo pelo pensamento na futura demissão, e lhe digo que só um jumento poderia pensar que uma coisa dessas seria bom para a empresa. Não deu outra: estava desempregado.
Pego meu carro e, sem casa para ir, resolvo beber em um bar para esquecer os problemas. Mal sabia eu que mais um estava preste a surgir. Com a cabeça nas nuvens e baixa concentração no trânsito, acabo enfiando o carro em um poste que cai no carro de um policial. PT no carro, mas por "sorte" continuei vivo. O policial sai do carro e, puto da vida, pede a carteira de habilitação e, pra variar, outra burrada: "se deixar de ser um imbecil e me pedir com educação eu entrego". Para completar o meu "maravilhoso" dia: fui preso.
Agora, sentado nessa sela suja e lotada me pergunto oque mais valia a pena, mentir e perder a mulher ou ser sincero e perder, alem da mulher, a empregada, o emprego, o carro e a liberdade.
(Paulo Meucci)

Não, eu não sou casado e nem fui preso. Haha, é só uma crônica que escrevi, e mais uma vez por causa de um desafio. Desafio concluído. Tá aí Stellinha (http://ellamariaa.blogspot.com/).

Não sei se ficou bom esse texto, como fui o criador tendo a não ter uma visão muito crítica. Então quero ouvir de você. Oque achou?
Até o próximo post. o/